Que tal conhecer um pouco mais da história de uma parcela de imigrantes da comunidade judaica no Rio de Janeiro? Por ter representado um papel relevante na evolução histórica e social da cidade, o Cemitério das Polacas foi tombado definitivamente como Patrimônio Cultural pela prefeitura carioca em outubro de 2010.
Criado em 1916 pela Associação Beneficente Funerária e Religiosa Israelita, ele é considerado um marco particular no âmbito dos campos santos do Rio. Lá estão 700 túmulos de mulheres – provenientes de aldeias pobres da Europa Oriental, sobretudo da Polônia, e quase sempre analfabetas –, rejeitadas pela colônia judaica no Rio por exercerem a prostituição e a cafetinagem.
Sob a denominação oficial de Cemitério Israelita de Inhaúma e hoje ligado à Sociedade Comunal Israelita, o local recebeu sepultamentos até o início da década de 1970. Entre os jazigos, encontram-se os de Ela Pick, mãe de Jacob do Bandolim, e de Estera Gladkowicer, que inspirou Moreira da Silva a compor o samba “Judia rara”, em 1964.
Cemitério das Polacas
Rua Piragibe, 99 – Inhaúma