Praça centenária na Zona Norte será o Bryant Park carioca

Com o primeiro coreto de madeira do Rio – inaugurado em 1914 e um dos três remanescentes no município –, o Jardim do Méier é a principal área verde e de lazer do bairro, num total de 13 mil metros quadrados. E, desde outubro, está novinho em folha, após receber serviços de revitalização coordenados pela subprefeitura da Zona Norte.

Agora com nova iluminação e segurança pela Guarda Municipal 24 horas, o espaço está sendo ocupado por atividades semanais, como aulas de dança e lutas marciais. O Teatro de Guignol também passou por reforma, depois de quatro anos fechado. A casinha onde acontecem encenações com bonecos de fantoche representa uma atração a mais para as crianças, além dos brinquedos.

A praça, que abriga uma escultura da deusa grega Atena, foi construída numa antiga chácara desapropriada, sob o comando do prefeito do então Distrito Federal, Paulo de Frontin. Além do lago, com cascatinha em estilo rocaille (ornamentos imitando pedras), e da manutenção das 58 árvores previamente existentes, as centenas de novas espécies vegetais plantadas no início do século passado fizeram do espaço um oásis na região.

O coreto hexagonal, tombado pelo Instituto Estadual do Patrimônio Cultural (Inepac), exibe guarda-corpos rendilhados em madeira e um belo desenho da agulha sobre a cobertura. O relógio do sol assinala as horas por meio do ponteiro de aço sobre mostrador em bronze, no formato de leque, e conforme os cálculos matemáticos referentes à latitude do local.

Segundo Diego Vaz, subprefeito da Zona Norte, o Jardim do Méier será o Bryant Park carioca – modelo novaiorquino de sucesso em termos de parcerias público-privadas, pela referência em conservação e gestão de atividades culturais e esportivas. “Vamos provar que é possível oferecer um grande número dessas atividades geridas pela subprefeitura, em parceria com secretarias e órgãos municipais, e assim resgatar o orgulho de ser suburbano.”

 

Jardim do Méier

Rua Arquias Cordeiro, s/n – Méier