Futuro integrante do Distrito de Baixa Emissão de Carbono se recicla  

Um dos maiores espaços verdes do Rio, com 155 mil metros quadrados, o Campo de Santana passou por uma revitalização que o deixou fechado durante dez meses. O projeto abrangeu instalação de sistema de segurança (e reforço da equipe da Guarda Municipal), monitoramento por câmeras, restauro dos portões e guaritas, reforma de canteiros, lagos, monumentos, iluminação, grutas e banheiros. E foi entregue ao público em 8 de janeiro de 2021.

Vale ressaltar que o Campo de Santana, situado na Avenida Presidente Vargas, eixo nervoso da cidade, integrará o Distrito de Baixa Emissão de Carbono, uma área delimitada no Centro do Rio com 2,3 km² para a redução de gases de efeito estufa. Lançada em junho pela prefeitura, a iniciativa – pioneira no Brasil e que será implantada por etapas até 2030 – visa promover a criação de ruas verdes junto ao C40, núcleo de cidades internacionais que se reuniram no intuito de refletir sobre as questões climáticas.

Aquela grande área já era frequentada pela população bem antes do estabelecimento da Corte portuguesa aqui. No século XVIII, o centro administrativo da Colônia era uma região murada. No exterior, por motivos estratégicos e de segurança, havia um campo, onde o povo se reunia para festividades. A Igreja de Santana, que ficava no local em que está hoje a Estação Central do Brasil, batizou-o com a designação homônima. Lá, aconteceram dois importantes momentos históricos: a aclamação do Imperador Pedro I e a Proclamação da República.

ÁRVORE DO IMPERADOR

Esculturas como as que retratam as quatro estações, grutas, chafariz, duas pontes de rocailles (argamassa decorada), simulando troncos de árvores, e o conjunto de quatro fontes Jovem Europa – estas duas últimas obras inauguradas em 1888 – enriquecem o imenso passeio público, tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

No local, marcado pela presença de vegetação exuberante, é possível observar, intacta, a Árvore do Imperador, a preferida de D. Pedro II, e diferentes tipos de animais, a exemplo de cutias, patos, pavões, gatos e galinhas-d’angola.

Em tempo: o Palacete Imperial, há décadas abandonado, será totalmente recuperado conforme suas características originais.

 

Campo de Santana

Praça da República, s/n – Centro