Visual de tirar o fôlego

Em estilo oriental, o pagode de onde se avista uma panorâmica deslumbrante da cidade foi construído em homenagem aos chineses que trouxeram o cultivo do chá para o Brasil no início do século XIX. O famoso mirante da Vista Chinesa tem fácil acesso, totalmente pavimentado, a partir do Horto.

Em 1812, o rei Dom João VI mandou trazer coolies, trabalhadores braçais provenientes da colônia portuguesa de Macau, no intuito de avaliar as condições do solo carioca para a produção de chá. Os agricultores se estabeleceram, inicialmente, nas encostas da mata ao fundo do hoje Jardim Botânico, onde chegaram a plantar milhares de mudas da erva.

Um mapa da região assinalava, em 1844, uma construção designada Casa dos Chinas, um vestígio das primeiras moradias dos imigrantes.

A partir dessas linhas arquitetônicas, provavelmente, segundo especialistas, o prefeito Pereira Passos mandou edificar, em 1903, o pavilhão da Vista Chinesa, em argamassa, simulando o bambu, às margens do caminho que ligava as regiões do Jardim Botânico e do Alto da Boa Vista.

Um pouco mais adiante, na mesma Estrada Dona Castorina, centrada entre duas palmeiras, fica a Mesa do Imperador. Quando Dom Pedro II deixava seu palácio na Quinta da Boa Vista e seguia de charrete para passear na Floresta da Tijuca, esse era um ponto de repouso, além de muito utilizado por nobres e burgueses para almoços campestres. No decorrer do tempo, tornou-se uma parada obrigatória, a quase 500 metros de altitude, para quem deseja contemplar um visu de tirar o fôlego.

 

Vista Chinesa

Estrada Dona Castorina, s/n – Alto da Boa Vista