Botões de galalite voltam a seduzir os quarentões

A prática do futebol de mesa — ou futmesa —, que teve seu auge nas décadas de 70 e 80, ressurge depois de quase extinta pelos jogos eletrônicos. Hamilton Tavares Neto, proprietário da loja Botão e Palheta — especializada em compra e venda de botões antigos — e dono de uma coleção particular com mais de 30 mil itens, confirma essa tendência. Segundo ele, os botonistas acima de 40 anos estão retornando às mesas.

“O movimento na loja e a participação dos adeptos mais velhos nas competições aumentaram cerca de 20% em relação ao ano passado”, observa Hamilton, que promove torneios todas as quartas-feiras no seu estabelecimento, no bairro do Andaraí, e também aos domingos, na Feira de Antiguidades da Praça Santos Dumont, na Gávea, onde pilota um estande.

Nos primórdios de 1930, os materiais usados para confeccionar os times eram botões de roupas, peças criadas a partir da casca do coco ou tampas de relógio de pulso, enquanto as bolinhas variavam entre miolo de pão, cortiça e lã. Hoje, com uma mesa que simula o campo, um conjunto de botões de galalite, porcelana ou acrílico, uma palheta confeccionada com um desses materiais e bolinhas de plástico ou feltro já é possível treinar para as partidas do circuito oficial da Federação de Futebol de Mesa do Estado do Rio de Janeiro (Fefumerj).

O futmesa apresenta seis modalidades, cada uma com tempos e regras diferentes — a principal diz respeito ao número de toques que o praticante pode dar na bola a cada lance. Como no futebol de campo, os jogadores profissionais mudam
de clubes e técnicos, chamados de orientadores. Eles não são remunerados pelas agremiações, mas podem receber patrocínio de empresas.

 

Futebol de mesa
Botão e Palheta
Rua Barão de Mesquita, 615 – Andaraí
Tel: (21) 2288-2929
Informações: www.fefumerj.com.br