Roda na Praça São Salvador mantém viva a cultura do choro
aça chuva ou faça sol, uma coisa pelo menos é certa: o choro do Arruma o Coreto aos domingos na Praça São Salvador, em Laranjeiras. A roda se reúne há 11 anos no mesmo local e já virou tradição, sendo tombada como Patrimônio Cultural Imaterial do Estado. E nada mais carioca do que o ritmo que surgiu por volta da década de 1870 nas biroscas do bairro Cidade Nova e nos quintais dos subúrbios da cidade.
O Arruma o Coreto começou de forma despretensiosa, com um grupo de estudos de chorinho ao ar livre. Dos sete músicos iniciais, a roda passou a ter uma média de 20 e a atrair um público de 300 pessoas a cada encontro. O esquema é aberto: quem estiver empunhando um instrumento e quiser se juntar será bem-vindo. Com o grande crescimento do público, os músicos desceram do coreto e hoje tocam ao lado da galera. Gratuitas, as apresentações mantêm apenas a velha prática de passar o chapéu para arcar com os gastos básicos, como a lona que protege os instrumentistas em dias de chuva.
O repertório de cerca de 100 músicas inclui autores consagrados do gênero, a exemplo de Pixinguinha e Jacob do Bandolim. Como o grupo abraça a missão de disseminar a cultura do choro, são postados, semanalmente, em seu canal no YouTube, dois temas tocados pelos artistas originais e uma gravação na praça do Arruma o Coreto. O nome da roda é uma brincadeira com o bloco Bagunça o Meu Coreto, que percorre as ruas de Laranjeiras na terça-feira de carnaval e termina o cortejo na Praça São Salvador.
Arruma o Coreto
Domingos, das 11h às 14h
Praça São Salvador – Laranjeiras