Praça integra o Circuito Histórico e Arqueológico de Celebração da Herança Africana

Praça dos Estivadores – Zona Portuária, nas proximidades das Ruas Camerino e Senador PompeuNem todos os lugares históricos são reconhecíveis por quem passa por eles. A Praça dos Estivadores, no Centro, figura entre os exemplos. Você sabia que no século XVIII ela era conhecida como Largo do Depósito, por abrigar uma área de comercialização
de escravos? Quando, em 1779, o Marquês de Lavradio, então Vice-Rei do Brasil, transferiu o mercado de tráfico negreiro da Praça XV para o Cais do Valongo, diversas atividades começaram a se desenvolver na região, como trapiches, armazéns e manufaturas. O mercado foi extinto oficialmente em 1831.

Três anos depois, a praça passou a se chamar Largo da Imperatriz, por situar-se nas imediações do porto onde a Imperatriz Tereza Cristina desembarcou quando da sua chegada ao Brasil. Com a Proclamação da República, virou o Largo da Redenção,
até a atual designação, atribuída em 1904, em homenagem ao Sindicato dos Estivadores. A luta pela criação da entidade, o primeiro sindicato do País, cuja sede se localizava próxima à praça, ganhara muita repercussão à época. Lá, o músico João da Baiana — criado na Rua Senador Pompeu e então fiscal do Cais do Porto — e outros bravos companheiros da estiva enfrentaram a polícia no intuito de assegurar a assembleia de fundação do sindicato.

Desde 2011, a praça integra o Circuito Histórico e Arqueológico de Celebração da Herança Africana, instituído no propósito de preservar a memória africana na cidade. Foi revitalizada no âmbito do projeto municipal Porto Maravilha e reaberta ao público em 2015.

 

Praça dos Estivadores
Zona Portuária, nas proximidades
das Ruas Camerino e Senador Pompeu