Antiga Chácara das Palmeiras tornou-se o primeiro parque do subúrbio

No ano de sua morte, 1964, o consagrado autor da internacional “Aquarela do Brasil” era homenageado com a criação do Parque Ari Barroso, um refrigério de 50 mil metros quadrados próximo à linha férrea da Zona da Leopoldina. A área de recreação surgiu na antiga Chácara das Palmeiras – terras adquiridas na segunda metade do século XIX pelo empreendedor português Francisco Lobo Júnior, um incentivador do desenvolvimento da região.

O primeiro parque construído no subúrbio do Rio foi projetado como um bosque, com lagos e cascatas, modelando-se à topografia original, de vegetação esparsa e rarefeita. À época, plantaram-se 130 espécies de árvores, de modo que ocorressem florações o ano inteiro. Tombado pelo Instituto Estadual do Patrimônio Cultural (Inepac), o espaço tem vista privilegiada para uma das principais joias da cidade, a Igreja de Nossa Senhora da Penha.

Lá, encontra-se também a Arena Carioca Dicró, uma homenagem a outro compositor brasileiro, falecido em 2012. O centro cultural, gerido pela prefeitura e pelo Observatório de Favelas do Rio, dedica-se à formação em diversas linguagens artísticas, com aulas de balé infantil, teatro juvenil, dança de salão, circo e capoeira. Além de um teatro, há a Biblioteca Comunitária Heloísa Seixas, a Praça de Convivência e o famoso Boteco do Parque.

 

Parque Ari Barroso
Estrada Brás de Pina, entre as Ruas Flora Lobo e Lobo Júnior