Grupo toca raridades de compositores das Velhas Guardas das escolas
Em um cenário típico do Rio Antigo, o Samba da Ouvidor, realizado há dez anos por um grupo de amigos na esquina da rua homônima com a do Mercado, atrai até duas mil pessoas a cada apresentação. O objetivo é divulgar composições pouco conhecidas de autores como Monarco, Candeia, Alberto Lonato, Manaceia, Cartola, Mestre Fuleiro, entre outros bambas das
Velhas Guardas das escolas.
Gabriel Cavalcante, o Gabriel da Muda, criador do evento, conta que cresceu ouvindo essas raridades, garimpadas em discos de vinil. “A coletânea é fruto da nossa experiência como músicos e amantes do samba — e sai do lugar-comum do repertório das casas de shows”. Os clássicos cuidadosamente selecionados, que recebem uma instrumentação mais leve, valorizando os sons
do tamborim, reco-reco, cuíca e pandeiro, conquistaram um público cativo, vindo de todos os cantos do país — e turistas fãs de um bom batuque.
O Samba da Ouvidor, que já entrou para o calendário cultural do Rio, recebe a todos de braços abertos. “Batemos na tecla que somos uma roda democrática, onde não há artistas e a única estrela é o samba”, resume Gabriel. Além dele, que canta e toca cavaquinho, o grupo reúne Julião e Iuri, nos violões; Marcello Professor, no agogô; Ricardo Brigante, no reco-reco de madeira; Jefferson Scot, Fábio e Leonardo Lelê, na percussão; Edoardo Velha e JP do Salgueiro, nos tamborins; Dudão, na cuíca; Thadeuzinho no repique de anel; Nilson Visual, no surdo; Bidu, no pandeiro; e Gabriel Menezes e Lucas Oliveira, também no cavaquinho. E muita atenção: a roda não tem dia certo para acontecer (mas vai sempre das 17h às 22h). É preciso ficar de olho na programação em www.facebook.com/SambaDaOuvidor.
Samba da Ouvidor
Rua do Ouvidor esquina com Rua do Mercado