Mas é doce malhar no Aterro do Flamengo com vista para o Pão de Açúcar
Até o astro norte-americano Vin Diesel, gravando um dos filmes da interminável série Velozes e Furiosos, já aterrissou por lá. Pudera! O cenário ao redor da Academia ao ar livre, no Aterro do Flamengo, é mesmo a locação mais perfeita do mundo. Próximo ao obelisco piramidal em homenagem a Estácio de Sá, fundador da cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro, e bem em frente ao Pão de Açúcar, o espaço acolhe a todos, democraticamente, de braços abertos.
“Ele, na verdade, existe há quase meio século. Mas ganhou outra dimensão 12 anos atrás, com a reforma do madeiramento do mobiliário e a introdução de novos apetrechos – barras, pranchas e halteres de diferentes pesos – fabricados artesanalmente em cimento, numa oficina na Rua Pedro Américo, no Catete”, conta seu gestor, Roberto Pantoja Sarmento.
Pelo fato de nunca fechar, a Academia recebe gente disposta a puxar ferro – ou concreto – até de madrugada, como os garçons, que começam a chegar após encerrarem o levantamento de bandejas nos restaurantes. A eles, se juntam pessoas de todas as profissões e idades. “Vem de morador de rua a desembargador, médicos, engenheiros, delegados, porteiros, faxineiros e praticantes acompanhados de personal trainers. Somos um grupo unido. Faço esse trabalho de coordenação porque gosto, não recebo nada em troca.”
Roberto explica que a Academia aceita contribuições espontâneas para a manutenção dos equipamentos, sobretudo em razão do desgaste dos pesos em concreto, a parte mais dispendiosa. Todo esse esforço compensa. “É um espaço muito legal, bem cuidado. Nunca mais vou querer saber de academia fechada na vida, Ainda mais em tempos de pandemia. É outra coisa poder fazer exercício ao ar livre – e ainda mais com esse visual”, garante a jornalista Helena Soares. Diante do Pão de Açúcar, a malhação fica mais doce.
Academia ao ar livre
Aterro do Flamengo, perto do Monumento a Estácio de Sá – Flamengo