O Rio entra em nova fase da mobilidade urbana
A Semove, Federação das Empresas de Mobilidade do Estado do Rio de Janeiro, vem consolidando mudanças internas profundas, que começaram a ser implantadas há cinco anos, baseadas na integridade e transparência. Com a implementação de um programa de integridade e conformidade, novo código de conduta e um canal de denúncias, os relacionamentos com os governos, agentes reguladores e diversos stakeholders passaram a ser regidos pelos mais rigorosos padrões de compliance. Esse novo olhar privilegia a transparência, com a priorização da divulgação de dados que contribuam para o planejamento e fiscalização do transporte público, realizados pelo poder concedente. As questões ambientais, sociais e de governança passam a ter uma relevância ainda maior para a entidade, sendo a cultura ESG transversal a todos os seus processos e decisões. A preocupação com o meio ambiente ocupa espaço central nas discussões sobre fontes alternativas de combustíveis mais limpas e recicláveis. Por exemplo, quando uma pessoa escolhe ir de ônibus em vez de ir de carro, emite 45 vezes menos CO2 . A Semove veio para inovar, com propostas para ao poder público que possam melhorar a mobilidade urbana, como a integração dos modais e um novo modelo de financiamento do sistema, para que o usuário possa fazer o deslocamento com preços razoáveis. A pandemia de Covid-19 provou que não é mais possível o custeio do sistema só com a tarifa paga pelo usuário. Durante a pandemia, o número de passageiros pagantes caiu drasticamente. Em 2014, eram 177 milhões de pessoas transportadas mensalmente, passando em 2020 para 74 milhões. A pandemia também enfatizou a importância do transporte público para a movimentação das pessoas, que, mesmo com as medidas de restrição de contato social, tiveram garantido o seu direito de ir e vir. Um dos passos mais importantes da Semove é levar o “Guia de Governança”, que já está incorporado à entidade, às 184 empresas afiliadas aos dez sindicatos associados que operam linhas de ônibus municipais, intermunicipais e de fretamento, e são responsáveis pela locomoção diária de mais de 5 milhões de pessoas. O documento, coordenado pelo consultor Sérgio Avelleda, tem orientações para implantação de processos de compliance, que envolvem a administração de relacionamentos com trabalhadores, clientes, fornecedores e autoridades. Essa transformação, de dentro para fora, atingindo todos os públicos, representa muito mais do que um rebranding, significa uma guinada na atuação da entidade, um marco na mobilidade do Estado. Não por outro motivo, a Semove adota o slogan “mobilidadTransporte na cidadee em todos os sentidos”.